Jesus Misericordioso nos ensina a olhar para o irmão no o caminho para a salvação

Nós católicos sempre entendemos a misericórdia como o perdão maior de Deus, por meio da vida de Seu Filho, Jesus, o misericordioso. Mas tudo isso passou a fazer mais sentido, quando celebramos o Ano Extraordinário da Misericórdia em 2016. Nas palavras do papa Francisco, inspirado por São Tomás de Aquino, na proclamação deste importante momento vivido pela Igreja, “A misericórdia não é sinal de fraqueza, é qualidade da onipotência divina”. Pela misericórdia, experimentamos o amor de Deus que perdoa, consola e dá esperança.

Misericórdia é compreensão

Ao viver a misericórdia, entendemos melhor o olhar de Jesus a cada um de nós, perdoando nossos pecados, fixando-se no indivíduo e não em seus desvios e defeitos. Por isso, é compreensão e paciência que resulta no consolo a todos aqueles que necessitam de um ombro amigo e de repouso.

Como nos disse Papa Francisco, “Ser cristão é, portanto, contemplar o mistério da misericórdia, revelado por Jesus Cristo, fonte da alegria, da serenidade e da paz. A misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação de nosso pecado”.

A misericórdia revelada

Somos infinitamente agraciados por Deus ao enviar Seu Filho e, por meio de Seus discípulos, deixar a toda a humanidade, carente de amor e perdão, a Bíblia, em que nos quatro evangelhos são relatados os fatos em que Jesus se revela misericordioso.

Mas, como nossa capacidade de entender as vontades do Pai é reduzida a pensamentos racionais, e não vindos da fé que deve emanar de nosso coração, ainda não temos discernimento para entender todo este amor derramado na cruz. Por isso, Jesus, para que Sua misericórdia se estendesse a todos de forma definitiva, quis revelar-Se em nosso meio, em nosso tempo. Foi o que aconteceu em 1930, na Polônia.

A Santa da misericórdia

A revelação deu-se a Santa Faustina, Maria Faustina Kowalska, cuja vida sempre foi dedicada a Deus, a sua grande devoção a Jesus na Santa Hóstia e a orações aos enfermos, agonizantes e pecadores, pedindo ao Pai perdão e sua conversão.

Jesus misericordioso apareceu três vezes. Na primeira, disse: “Antes de vir como justo juiz, venho como Rei da Misericórdia. Agora prolongo os dias de misericórdia, mas ai daqueles que não reconhecerem o tempo da minha visita”.

 O símbolo da misericórdia

Talvez o principal legado deixado por Jesus em sua revelação a Santa Faustina seja o Terço da Misericórdia. O mesmo foi mostrado à religiosa em uma visão: Deus mandava um anjo com raios para destruir uma parte da Terra, a qual nunca fora revelada. Santa Faustina, estando em oração, pede a Deus Sua Misericórdia, recebendo do próprio Jesus o ensinamento para rezar o Terço: “Eterno Pai, eu vos ofereço o corpo e o sangue, alma e divindade de vosso diletíssimo filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação de nossos pecados e do mundo inteiro; pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós".

O Terço é uma obra de misericórdia que todos nós cristãos podemos realizar todos os dias. Deve ser rezado preferencialmente da Sexta-feira Santa até a Festa da Misericórdia (o que acontece nove dias após a Sexta Santa) e também às 15h00, hora em que Jesus foi morto na cruz (como Ele mesmo revelou: “Às três horas da tarde implora a minha misericórdia especialmente pelos pecadores, e ao menos por um breve tempo reflete sobre a minha Paixão e Morte, especialmente sobre o abandono em que me encontrei no momento da agonia. É a hora de grande Misericórdia para o mundo. Permitirei que penetres na minha tristeza mortal. Nessa hora Nada negarei à alma que me pedir pela minha Paixão”) da seguinte maneira:

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