Aprender a Perdoar
Um dos mais profundos assuntos que a Bíblia Sagrada trata é o Ato de Perdoar. Este é um Ato que exige do cristão muito esforço e dedicação, e o principal é a graça de Deus para se cumprir tal Ato. É muito difícil ao ser humano esta atitude de perdão, principalmente quando ele se sente ofendido ou magoado por outras pessoas.
O que é preciso fazer quando nos sentirmos assim? Precisamos de um tratamento espiritual, porque se deixarmos estes sentimentos tomar conta do coração, seremos destruído espiritual e até materialmente, por não sabermos perdoar.
A maioria das pessoas pensa ou imagina que pedir desculpas é o mesmo que perdoar. O verdadeiro pedido de perdão só acontece quando o ofensor se der conta de que lhe feriu profundamente e lhe machucou produzindo danos profundos, e que vão além de uma simples gentileza.
Portanto se conclui que “perdoar é ultrapassar o limite daquilo que é normal, é ir além. É superar os valores humanos. É vencer a si mesmo”. Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso o sentido de perdoar. “Perdoa-nos as nossas dividas como nós perdoamos aos nossos devedores” (MT. 6,12). E ainda: “Pois, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”. (MT. 6,14-15).
Assim podemos observar que Deus estabeleceu a Lei do Perdão e ninguém escapa, pois foi estabelecida como norma no seu Reino na Terra; e assim devemos observar a autoridade celestial.
Como limpar a alma e o corpo do pecado? Olha, parece simples, mas não é. Há quem diga: “Pequei. Vou confessar e fico livre do pecado”. Não é bem assim! Primeiro é preciso tomar consciência do ato errado que cometeu e ter arrependimento sincero. Veja o exemplo do filho pródigo: “Caindo em si disse: ‘Quanto trabalhador de meu pai tem pão em abundância e eu aqui passando fome. Vou ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado de teu filho, trata-me como a um dos seus empregados’”. (Lc 15.17-19).
Que fique claro que a confiança antecede o pedido de perdão e não se pode substituir por gestos ou procedimentos pessoais. No livro de Provérbios 28.13 diz: “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (perdão)”.
Amados irmãos e irmãs, saber amar e perdoar verdadeiramente exige sacrifício. Jesus nos faz lembrar isso na cruz, no alto do calvário, sem que ninguém Lhe pedisse, Ele ofereceu perdão ao rogar ao Pai: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23.34).